Um levantamento especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgado pelo IBGE, revelou dados importantes sobre os efeitos sociais do programa Bolsa Família em 2023. Segundo o estudo, cerca de um em cada cinco lares brasileiros recebeu o benefício no ano passado, atingindo o maior índice desde o início da série histórica: 19% dos domicílios.
A versão atual do programa, reformulada pelo governo federal sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e conduzida pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, teve forte impacto especialmente nas regiões Norte e Nordeste. Nessas localidades, mais de 30% dos lares foram contemplados com o benefício, chegando a 35,5% no Nordeste.
Esse fortalecimento do programa teve reflexo direto na redução da desigualdade de renda, especialmente nas regiões mais vulneráveis. O índice de Gini — indicador que mede a concentração de renda — registrou quedas mais expressivas justamente no Norte e no Nordeste, mostrando que o programa tem sido um instrumento eficaz na promoção da equidade social.
De acordo com o levantamento, os rendimentos provenientes de programas sociais, como o Bolsa Família, o BPC/Loas, o seguro-desemprego e bolsas de estudo, chegaram a R$ 947, o maior valor já registrado pela PNAD para essa categoria.
Entre 2019 e 2023, o rendimento médio per capita das famílias que recebiam o Bolsa Família aumentou 42,4%, saltando de R$ 446 para R$ 635. Já entre os que não recebiam o benefício, o crescimento foi de apenas 8,6% no mesmo período. Em comparação com 2022, o valor médio de “outros rendimentos” cresceu 11,4%, e desde 2019, esse crescimento acumulado chega a 26,8%.
Segundo o pesquisador Gustavo Geaquinto, responsável pelo estudo, esse crescimento é atribuído, principalmente, à elevação do valor médio pago pelo Bolsa Família, que voltou a subir em 2023.
O ministro Wellington Dias destacou a relevância dos dados:
“A pesquisa do IBGE comprova a importância do Bolsa Família. Estamos cuidando da população, oferecendo oportunidades e melhorando vidas. O objetivo do governo é continuar esse avanço, tirar o Brasil do Mapa da Fome e reduzir ainda mais as desigualdades.”
O estudo reforça a relevância do programa como ferramenta de transformação social, promovendo não apenas segurança alimentar, mas também o aumento de renda e a dignidade para milhões de brasileiros.
Fonte: Cidade Verde