Apicultores enfrentam desafios com a seca verde e buscam alternativas

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Apesar da vegetação ainda apresentar tons esverdeados, a apicultura na região de Picos tem sido severamente impactada pelo fenômeno conhecido como “seca verde”. Esse tipo de estiagem ocorre quando há déficit de umidade no solo, mesmo que a vegetação aparente estar preservada. Como consequência, a oferta de néctar nas floradas diminui, prejudicando diretamente a produção de mel.

Na zona rural de Santana do Piauí, município próximo a Picos, apicultores relatam dificuldades para manter a produtividade esperada. Antônio José, que atua há anos no setor, explica que a escassez de néctar tem levado à redução na quantidade de mel produzido, comprometendo a renda dos trabalhadores que dependem da atividade.

De acordo com especialistas, a seca verde ocorre quando a umidade do solo não é suficiente para que espécies nativas, como marmeleiro, bamburral e jetirana, produzam néctar em quantidade adequada. Além disso, as altas temperaturas influenciam o comportamento das abelhas, que ajustam seu ritmo de trabalho conforme as condições climáticas.

Diante dessas dificuldades, alguns produtores estão adotando estratégias para minimizar os impactos. Entre as medidas, destaca-se a migração das colmeias para áreas onde as floradas ainda oferecem boas condições para a produção de mel. No entanto, essa alternativa exige investimentos e nem sempre está ao alcance de todos os apicultores.

Enquanto aguardam por melhorias nas condições climáticas, os trabalhadores do setor seguem buscando alternativas para reduzir as perdas e garantir a continuidade da atividade apícola na região. A expectativa é de que, com o apoio de entidades do setor e incentivos adequados, seja possível encontrar soluções que amenizem os efeitos da seca verde e assegurem a sustentabilidade da produção de mel em Picos e municípios vizinhos.

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